Há um mês, estava tranquilamente
nos meus afazeres, em pleno sábado, quando recebo uma chamada telefônica. Meu
sobrinho aos prantos me comunicava a morte de meu irmão Samuel (carinhosamente
chamado Tibiel). Desesperos e revoltas à parte, entre choros e lamentos, toda a
família já consegue tocar a vida sem a presença marcante desse cara que ainda
machuca de saudade nosso íntimo. Recentemente, acordei com meu mano me chamando,
olho, vejo-o próximo ao rio que passa perto de minha casa (No Y). A gente ia muitas vezes ali e só
estranhei por não me lembrar de ter dormido no local. Olha foi um dia
excelente. Estava com muita saudade do Tibiel e aquele dia foi de muita
brincadeira como sempre fora. Voltando pra casa, paramos pra comprar din-din
(espécie de picolé em um saco plástico, muito apreciado no Nordeste). De
repente meu irmão não mais está presente, mas, sinto a sensação de ter sido
abençoado por sua presença, afinal estávamos outra vez curtindo a “colônia de
férias” que ele criara em minha casa quando criança. Acordo. Choro outra vez.
Sei que minha mente criou esse momento para acalentar minha alma. De forma
alguma creio que seria realmente o Tibiel, que Deus o enviara, ou mesmo o Diabo
tentando me enganar. Procuro me recompor. Sei que meu irmão se foi. Pergunto-me
como devo viver quando já se passou um mês... Como devo me comportar? Sinto
minhas lágrimas querendo rolar e sei que será sempre assim... Mais um mês... Mais
um ano... Mais um aniversário... Sim, toda minha família e muitos amigos ainda
chorarão sua falta, entretanto louvo a Deus que nos dá a capacidade psíquica
criar momentos que refletem o alento que necessitamos. Agradeço Deus peço que estenda esta bênção a todos que perderam entes queridos. Fik na Paz!
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